A Entrada Triunfal se Aproxima
Mateus 21.1-22.
Introdução:
Visão terrena da época:
A última aparição de Jesus em Jerusalém acompanhada de aclamação publica, acontece no dia tradicionalmente conhecido pela Igreja como “Domingo de Ramos”. Dia marcado pela entrada triunfal do Senhor Jesus em Jerusalém no domingo que antecedia a Pascoa judaica. Neste período, judeus religiosos dispersos por diversos países do mundo subiam para Jerusalém no intuito de celebrar a festa. É neste ambiente que Jesus, montado em um jumentinho, é aclamado através da adoração daqueles que “estendiam as suas vertes pelo caminho e outros que cortavam ramos de árvores e espalhavam pelas estradas”. Muitos o odoravam por ouvirem dos seus sinais e sobre a recente ressureição de Lazaro - João 12.17-18.
17. A multidão que estava com ele quando chamara a Lázaro da sepultura e o ressuscitara dentre os mortos, dava-lhe testemunho. 18. Por esta razão o povo lhe saiu ao encontro, por ter ouvido que ele fizera este sinal.
Vestes e ramos: Mas o que vale para Jesus são as vestes para salvação e os frutos de arrependimento, e não os ramos ou folhas.
Desenvolvimento:
1) Escatologia que aguardamos:
Porém, se olharmos esta passagem com foco no futuro, podemos entende-la como um sinal da segunda vinda de Jesus até nós que somos o novo Israel de Deus espalhado pelo mundo. Isto será a sua última aparição pública para o mundo remontando a última aparição em Jerusalém, pois no futuro "todo olho o verá" – Ap 1.7.
2) Jesus e os discípulos e Jesus e os santos anjos:
Entendamos isto, logo após a segunda vinda triunfante de Jesus, que ainda estamos aguardando e clamando "Venha o teu reino..." – Mt 6.10, Jesus virá com os seus santos anjos e observará o templo espiritual que somos nós (na primeira vinda Jesus observou com os 12 discípulos o templo físico) – Mc 11.11. Mas em seguida, como Jesus entrou no templo para purificá-lo, expulsando os seus ocupantes imorais e mercenários que só estavam na igreja por dinheiro e para satisfação terrena - Mt 21.12-13, semelhantemente na segunda vinda, os ímpios que mesmo estando na igreja não se arrependem e não vivem o discipulado de Jesus e ainda dão maus testemunhos por nunca experimentarem a real conversão, serão renegados como joio pelo Senhor – Mt 13.30.
30. Deixai crescer ambos juntos até a colheita; e, ao tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, e atai-o em feixes para o queimar; mas recolhei o trigo no meu celeiro.
2.1- Existiam e existirão discípulos fiéis no templo?
O texto também revela que existiam na época de Jesus como existirão no seu retorno, cristãos fiéis no templo que são como crianças, que em perfeito louvor adoram ao Senhor Jesus, dizendo: “Hosana ao Filho de Deus [salva-nos agora Senhor!] – Mt 21.15-17.
3- A maldição da figueira como sinal de juízo final para os falsos crentes – Mt 21.18-19:
Antes é preciso compreender que Deus começará o juízo com os de sua própria casa - a igreja -, só então Jesus passará a julgar imediatamente os de fora – 1Pe 4.17-19.
17. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus? 18. E se o justo dificilmente se salva, onde comparecerá o ímpio pecador? 19. Portanto os que sofrem segundo a vontade de Deus confiem as suas almas ao fiel Criador, praticando o bem.
Com a maldição da figueira somos chamados para darmos frutos do bem, mesmo nas adversidades da vida. Veja que neste viés da segunda vinda, a figueira é tratada como uma pessoa por Jesus, e isto como exemplo, e esta pessoa estava “à beira do caminho” e não no caminho de Jesus que lhe dava a vida – v. 19 . E:
1°- Por não estar no caminho;
2°- Não produzir fruto para Jesus;
3°- E por se esconder atrás das folhas, como Adão após pecar e a Zaquel ao subir na árvore,
- É o Senhor quem acaba tendo que se aproximar da figueira – Mt 21.19a, como também de Adão e de Zaquel.
- Mas entenda que na passagem da figueira sem fruto é diferente de Zaquel e Adão, pois o assunto agora é referente ao encerramento dos tempos, não tem mais salvação.
- Isto acontece depois da entrada triunfal de Jesus sendo adorado e imediatamente após Ele ter purificado o templo. Por isso Ele repreende a árvore, dizendo: “Nunca mais nasça fruto de ti!” – v. 19.
- Desta forma, Jesus está revelando que se trata de um juízo final e não transitório, portanto, não mais passível de misericórdia, pois disse: “...Nunca, [ou jamais], nasça fruto de ti!”, e a narrativa enfatiza isto ao encerrar o texto dizendo: “E a figueira secou [morreu] imediatamente” - Mt 21.19b. Diferente de Adão e Zaquel que ainda tiveram tempo para acertar os seus caminhos.
Conclusão:
Após a celebração no "Domingo de Ramos" entramos na marcha rumo ao marco zero da salvação do cristão, que é a Páscoa. Ela vem antecedida da Semana Santa, tempo de recordarmos o sofrimento, morte e a ressurreição vitoriosa do nosso Salvador Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” – Jo 1.29 . Ele enviou o seu Espírito para nos ensinar e guiar e está a direita do Pai prestes a retornar.
O salvos que carregam a sua cruz iam após Ele:
E como na perspectiva terrena de sua última entrada pública em Jerusalém, quando ouviu-se a murmuração dos fariseus, dizendo: "...eis que o mundo inteiro vai após ele" - João 12.19, na ótica celestial nós também iremos após Ele, em sua última aparição pública, para a nova Jerusalém celestial.
Hoje somos discípulos/as para o despertamento de vidas com as lições do Mestre, dadas pelo Santo Espírito, por isso existem as pregações, os estudos nas células e a Escola Dominical no dia do Senhor, assim pessoas são discipuladas e salvas para a triunfante entrada de Jesus em seus corações, templos do Espírito Santo, para uma vida que nunca se acabará na presença do nosso Deus Altíssimo. Semente creia nisto.
Lembre-se, para o Senhor Jesus, não vale apresentarmos vestes terrenas e ramos ou folhas como garantia de salvação, mas as vestes para salvação que Ele nos dá, e os frutos de arrependimento que damos a Ele, é que faz fluir em nós a certeza e a alegria da salvação. Amém!!
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