TAL PAI, TAL FILHO
O texto de Isaías (Is 9.6) nos revela um atributo da paternidade que o Senhor registrou como se almejando que as virtudes dos pais alcançassem os filhos; ou seja, que os atributos cujos pais são possuidores se revelassem também nas características pessoais do filho. Neste sentido, vemos o “menino” citado no texto também mencionado como “filho”, e filho de quem? Da virgem Maria, de Davi e de Deus. Só que, sobretudo, ele é filho de Deus. Prova disso é que nele estaria as mesmas características de seu Pai: Ele teria o governo de tudo sobre si e seria “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”. Este menino nasceu e pareceu com o seu Pai. O Senhor Jesus disse que recebeu do seu Pai todo poder no céu e na terra e, mesmo Jesus sendo um com o Pai, esta “passagem de autoridade” nos dá um entendimento de sucessão, mas ambos são um e trabalhavam juntos (João 5.17) e ainda trabalham juntos até hoje para glória do Pai (João 16.23b e João 14.13).
Davi depois de errar feio no trato com sua família, por desrespeitar a lei de Deus e seus propósitos, recebeu dura condenação que resultou: na morte de seu filho recém nascido, incesto na família, abuso sexual entre irmãos e homicídios entre membros de sua própria casa. Até que então Davi se arrepende profundamente com sinceridade de coração e isso o transforma num homem que Deus diz ser segundo o seu coração. Agora, avançado em idade e com seu exemplo de vida cheio de sabedoria em Deus, Davi informa a Salomão que o escolheu para ser rei, mas o exorta dizendo para manifestar em sua vida os atributos que agora também são encontrados na sua de total temor a Deus, e diz: “Coragem, pois, e sê homem! Guarda os preceitos do Senhor, teu Deus, para andares nos seus caminhos” (1Rs 1-3). Esta admoestação de Davi pode ter norteado a decisão de Salomão quando este escolheu receber sabedoria de Deus, quando o Senhor lhe permitiu pedir o que quisesse, até mesmo riquezas.
Semelhante a Deus Pai e Deus Filho, ao rei Davi e seu filho Salomão, é de tradição bíblica os líderes exortarem seus sucessores, sejam filhos biológicos ou espirituais. Estes filhos tanto podem ser um indivíduo ou um grupo. Como exemplo de sucessão, Moisés exortou a Josué (Dt 7-8), Josué a novos líderes seus sucessores (Js 23.1,2,6), Samuel ao povo (1Sm 12.1,2,20), Paulo a seus filho e sucessor Timóteo (2Tm 4.4-7) e o Filho de Deus, Jesus, exorta seus filhos e filhas, sucessores que são os discípulos(as) de todos os tempos, a terem coragem, deixarem o medo, receberem o Espírito Santo e a sua Paz, para então serem enviados como fiéis sucessores, como Jesus foi fiel ao ser enviado pelo Pai. (João 20.19-22). Portando, que as virtudes atributivas que Deus tem como promessa para nossa vida, a recebamos completamente e que elas sejam compartilhadas com nossos sucessores biológicos ou espirituais, para que deixemos um bom legado e afirmem: “Tal pai, tal filho”. Amém.
No amor do nosso Pai eterno,
Pr. Valter Lobato e Família Metodista na Tijuca.
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