Eleitos Dependentes da Graça
Nós, cristãos Metodistas, cremos que existe a Graça Preveniente que age no início nos convidando à salvação, pois devido à depravação humana pelo pecado herdado de Adão, ninguém terá interesse por Deus sem antes Deus dar o primeiro passo em direção ao pecador (Rm 3.23). Há também a Graça Cooperante que age no decorrer da vida dos que se entregaram a ação da Graça Preveniente oferecida por Deus. A graça Cooperante, através da ação do Espírito Santo, orienta e capacita a todos que responderam ao chamado de Cristo, ajudando-os a perseverarem firmes nesta fé até o fim de sua vida neste mundo. Cremos que os eleitos foram predestinados por Deus para salvação, uma vez que pela presciência do Senhor, ou seja, já que Deus de antemão viu os que permaneceriam firmes até morte. Para estes Deus liberou a promessa da vida eterna e lhes deu o nome de predestinados – chamados ou eleitos em Cristo para a eternidade (Rm 8.29-30 e 1Pe 1.2).
Cremos em nossa doutrina wesleyana que estes fiéis discípulos(as) também receberam a graça de sofrer por Cristo neste mundo, não somente de crer (Fl 1.29). Os eleitos receberam o entendimento da graça para não temerem em meio às acusações resultantes das injustiças desta vida: "Quem intentará acusações contra os escolhidos de Deus, é Deus quem os justifica" – Rm 8.33. O Senhor Jesus chama a todos para esta graça, e diz que conseguiríamos permanecer salvos se aprendêssemos os seus ensinamentos (Mt. 11.29-30). Nossa teologia Metodista é chamada de “arminiana”, pois foi exposta pelo teólogo Jacob Armínio e propagada por Wesley. Nela entendemos que há na igreja dois tipos de pessoas, as que são crentes e as que são crentes eleitas. E que Deus, em sua onisciência, viu desde antes da fundação do mundo os crentes que iriam crer, mas não perseverariam até o fim, e viu também os crentes que mesmo nas dificuldades da vida permaneceriam fiéis até a morte (Ef 1.4-5). Este último grupo Deus chamou de crentes eleitos, predestinados em Cristo e, como Deus os havia visto sendo crentes fiéis até a hora da morte, podemos dizer que estes são boa terra e não perderão a salvação (Lc 8.11-15).
Nos eleitos de antemão vistos por Deus, há um revestimento desta predestinação de fácil percepção, segundo o ensinamento Paulo (Cl 3.12-17). O apóstolo também suportava tudo para perseverança de outros discípulos(as). Entretanto, todos os crentes que haviam ali eram informados da condenação por negar a obra de graça de Cristo e a fé (2Tm 2.10,12). Veja que até no tempo da tribulação: "Surgirão falsos profetas para enganar, se possível, os próprios eleitos" que têm perseverado até aquele momento tão perto do fim (Mt 24.22,24). Mas entenda como acontece a decisão final para sua salvação ou condenação. Na salvação, Deus vota em seu favor, através da obra de Cristo que você respondeu com fé. E o Diabo, teu acusador, vota contra você. Se você aceitar seguir o voto de Deus por você, ainda assim o seu voto não será o final, pois a salvação é pela graça, então a decisão final ainda precisará ser de Deus (Ef 2.8). Mas para a nossa condenação, o voto decisivo é nosso quando a escolha é de ir para o inferno (João 3.18). A isto chamamos de “Livre Arbítrio”.
Pr. Valter Lobato e Família Metodista na Tijuca.
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